Sacudir o monstro de dentro. Pensar que já não o tenho tenho. Sentir que já o perdi.
O monstro da saudade, a sombra do medo. O soluço da verdade.
Caminhar um pouco mais. Pensar que já estou inteira. Ver um pedaço meu ali na areia.
Haverão sempre monstruosos pedaços de mim em todos os lugares que amei.
E eu sou mais do que todos eles. Sacudi os monstros e os homens, aqui de dentro.
Eu sou a vontade que nunca morre. A vitória do que resiste, e renasce.
Eu sou hoje o que subsiste em mim, apesar de tudo. E muda, e cresce e nunca esquece.
Mas deixo os monstros lá trás. É de homem carregar com eles. E eu sou uma mulher.