Vê: há sempre um outro caminho. Um que não seja tão sinuoso, ou tão direito.
Escolhe: foge das margens e navega ao centro, contornando as pedras com gentileza.
Arrisca um pouco – mas não te abandones no nada nem abraces o tudo.
Eu sei: é difícil, extraordinariamente difícil.
Por vezes, tantas vezes, é a confusão que te faz disparar em todas as direções.
Porque queres passar incólume e, acima de tudo, não ferir ninguém.
Mas como caminhar sem pegadas, como permanecer ao sol sem fazer sombra?
Viver é ferir e ser ferido, é tocar e deixar marca, umas passam breve, outras são longas.
É assim. A sabedoria está em persistir, aceitar, deixar fluir e escolher, aqui e ali, o caminho do meio…