Olha com atenção, é um lobo das estepes. Destemido, com tempestades no coração.
Por vezes, ergue-se do alto da sua coragem cega e morde o céu.
Rasga o seu ventre azul e
Pedaços de nuvens desatam a cair, como neve gélida e pura,
Que deliciosamente pousam na pele,
E derretem algum tempo depois.
É um lobo casmurro de pêlo áspero e de pele frágil.
Caminha na estepe gelada, secretamente a suspirar o sol.
Ao lobo das estepes não lhe conhecem os segredos. Nem ele os sabe.
Caminha cinzento por entre as árvores.
Por vezes, olha para o alto, para as estrelas.
E, por entre nebulosas a morrer,
Ele vê a ordem que precede ao caos. As suas cores impossíveis,
Desenhando-se no breu ancestral.
E fica um pouco triste, um pouco assombrado.
Uma felicidade pequenina instala-se no seu coração de garras.
Ele vê minúsculos milagres e acredita.
Ainda é possível ser-se feliz. Mesmo nas estepes. Mesmo sendo um lobo.
Também vi lobos que me repousaram, em dores de excessos, em dores simpaticas que desenhei ao erguer estatuas, escritas e feitas a mim mesmo, esculpidas pelo branco que cega cavaleiros com criados discordantes que ensinam satisfeitos e errantes, deixando pegadas de continuar.
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Obrigada pelo seu comentário.
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Boa tarde, não era um comentário, era mais um bom incentivo
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