Quando já sabes que esta não é a tua casa,
É apenas o ramo de árvore do agora,
Que existe uma árvore depois do horizonte,
Um ninho dourado onde podes finalmente descansar,
O medo desaparece. As asas se agitam numa recém descoberta felicidade.
Podes repousar a tua fronte, podes, então, morrer.
Se morrer verdadeiramente pudesses, à mercê da tua vontade.
Apenas voas para outro lugar, depois do sonho, depois da dor, do tempo, da sorte.
Vais para Casa, lamber as tuas feridas, vestir a tua alma branca e resplandecente.
Às vezes, tens saudades dessa Casa que não recordas agora, da tua origem longínqua, antes do tempo ser uma contagem interminável.
Pensa que irás voltar, tu e todos os que comungam o teu amor, respirarão a mesma luz e serão iguais.
É bom pensar na partida, aceitar a impertinência de tudo, mas agarrar com força a esperança de que tudo será melhor. Tu sabes que é assim. Sabes que existe algo bom e perfeito à tua espera. Então, cuida desse caminho…